domingo, 4 de novembro de 2018

Everything will turn fine. Everything will turn great


Ser adulto é provavelmente uma das sensações mais contraditórias da vida humana.

Explico.

A construção do nosso modo de pensar funciona de maneira a imaginar que as coisas se desenvolvem de maneira linear.

Aliás, ledo engano. Erro grave.

Quando se é criança e\ou adolescente, a gente imagina que os erros e bobagens que a gente usualmente costuma cometer, serão simplesmente substituídos por decisões mais precisas e racionais.

Maturidade... Ou o que julgamos ser ela...

Não é verdade.

Cometer erros, ou ações que julgamos equivocadas, repetidas vezes, torna-se um contínuo processo pedagógico que quase sempre parecem retornar a sua rotina, como algo novo.

Talvez essa seja uma das poucas permanências.

Sei lá... talvez o nosso cérebro fixe uma ideia, quase sempre equivocada, como nos roteiros e filmes onde as coisas simplesmente vão se encaixando ao longo do desenvolvimento do roteiro.


Não quero fazer juízo de valor sobre erros e acertos. Mas a doce ilusão de acertar é quase sempre premiada com capacidade\condição de prosseguir. Errar, com outro e\ou consigo próprio, pode ser um peso maior ou menor na sua capacidade de simplesmente levantar todos os dias pela manhã e encarar a sua ornada individual.

Doce ilusão... sim, elas são tão doces mas tão capazes de nos equilibrar que quando nos sentimos mal somos capazes de trocar qualquer coisa por aquele status de equilíbrio.

É claro, esse subjetivismo parece de uma abstração que se encaixa (ao mesmo tempo que não) a qualquer meio\espaço em que se vive.
(*)

Os nossos desejos e projeções são orças motoras na nossa capacidade de prosseguir com o dia a dia, ao mesmo tempo que nos sugerem uma permanente insatisfação por querer projetar mais e mais.

Qual o ponto? Qual o limite? Até onde podemos ir? Quem define isso?

As vezes penso ter chegado longe demais para um suburbano soteropolitano incapaz d reconhecer os mínimos requintes dos viajantes. Por outro lado, talvez o tenha chegado justamente pelo fato de sê-lo.
Vai sabe?!

Dia desses andei anotando lugares e pessoas que tive a oportunidade de conhecer. Uma montanha de diversidades, ritos, jeitos, linguagens etc etc etc... Isso trouxe monumentais experiências. Trouxe também algumas frustrações.

Se é assim que as coisas são, que assim sejam. Ônus e bônus, doar e receber, compreensão e ser compreendido.

Me encaminho para quase um ano de um sonho que já beirou algumas vezes o pesadelo, mas que continua me encantado (ou me iludindo) que tudo ficará bem.... que tudo ficará melhor...

P.s: Em tempos tão difíceis quanto os que se apresentam, que a capacidade de projetar e querer um futuro melhor, comum e individualmente, jamais nos falte.

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