Ainda no final de 2012 vimos o nosso querido Buzufba
circular pelas ruas de Salvador, entre os bairros do Canela e de Ondina,
passando pela histórica São Lázaro. Esse transporte inter-campi irá
facilitar a vida de milhares de estudantes que precisam se deslocar
cotidianamente de um campus a outro da Universidade. Facilita também a chegada
até o R.U. que, mais do que nunca, recebe uma quantidade ainda mais expressiva
de usuários e precisa de uma solução a curto prazo sobre o seu funcionamento.
(Tema para um próximo post)
O Buzufba é uma reivindicação histórica do movimento
estudantil ufbiano. Foi pauta de diversas greves e mobilizações desde o início
da década passada e somente agora, após o ápice da greve estudantil que ocupou
a FAPEX, foi implementado de fato. Digo de fato porque durante alguns anos
circulou um transporte similar pelos campi da UFBa, porém de caráter privado,
com menos linhas e alcance limitado. Os estudantes da Federal da Bahia contam
agora com 4 equipamentos divididos em três linhas.
O sentimento conservador crescente na Universidade logo
tratou de erguer os dedos e dizer que o Buzufba não era fruto da greve. Como se
administração central nos concedesse de mãos beijadas tudo aquilo que sempre
necessitamos. Na verdade uma argumentação antidialética, a-histórica além de
mal intencionada e imoral. Sua intenção, na verdade, é criminalizar o movimento
social, em particular o movimento estudantil, e desqualificar as ações mais
radicalizadas tão necessárias para o atendimento das nossas pautas.