Nesta segunda-feira (1º de abril) completaram-se 49 anos
desde que um grupo de militares, em conluio com serviços secretos estrangeiros, e
civis das classes abastadas orquestraram e executaram um golpe contra a
democracia e o povo brasileiro. Foram longos 21 anos de um regime de exceção que
assediou, torturou e matou opositores políticos e qualquer pessoa que ousasse
divergir daquele horror.
Muitas vidas foram ceifadas durante aquele período, sendo
que, algumas delas continuam sem a devida
explicação e elucidação dos fatos
decorrentes, decorrente dessa mancha cinzenta que marca os anos de chumbo no Brasil.
Muito há que se revelar para além, inclusive, dos casos mais famosos que de uma
forma ou de outra recebem algum tipo de atenção nos veículos tradicionais de
comunicação.
A tarefa de apurar e esclarecer os absurdos cometidos
durante a ditadura esta nas mãos da comissão nacional da verdade, que essa
semana recebeu duras críticas de um punhado de fascistas antiquados incapazes
de conviver em um regime livre. Esses mesmos senhores, que se reúnem anualmente
para comemorar o golpe de 64 e esculacham a dignidade da sociedade brasileira.
Comemoram também a morte de opositores, a tortura de jovens, homens e mulheres
cheios de vida e sonhos que foram sumariamente abortados em nome de um
macarthismo chinfrim e sem nenhuma consistência.