domingo, 4 de fevereiro de 2018

Boas histórias

Devo ser a pessoa mais desatenta que existe. Às vezes, quando me dou conta que algumas coisas passaram desapercebidas, simplesmente não consigo achar maiores explicações.

Tentar ser mais atento não é um esforço dos mais fáceis. É que na verdade, sem motivo aparente, algumas coisas parecem chamar mais atenção do que outras, mesmo que aquilo que tenha passado batido tenha valor.

Minha vó (Dona Lindaura),  já contou algumas dezenas de vezes as mais variadas histórias familiares. Algumas delas ficaram fixadas na minha cabeça, seja por completo ou aos pedaços.

A tradição da oralidade  e a transmissão de todo tipo de experiência entre os mais velhos e os mais jovens parece não ter a mesma importância em famílias de meios urbanos. Acho que as pessoas que vivem nas capitais tem uma relação de apreensão um tanto quanto distinta das famílias que são do interior. Ao menos é o que parece.

Sei lá, é que a convivência tem se tornado tão mecânica que apreender as singularidades de quem nos cerca parece ser tarefa das mais difíceis.