segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Mais um capítulo sobre o conflito armado na Colômbia

Diego Rabelo*
Wanderson Pimenta**

Circularam informações nos diferentes portais da rede sobre a possibilidade da retomada de diálogo entre o governo colombiano e os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC - EP), principal agrupamento armado que combate na guerra civil colombiana. O acordo denominado “Acordo Geral para o Término do Conflito e para a Construção de uma Paz Estável e Duradoura” foi assinado em Havana no último dia 27 de agosto e o processo de negociação seria iniciado dentro de um mês e meio na cidade norueguesa de Oslo. Nesse sentido, cumpriu papel fundamental o Governo da República Bolivariana da Venezuela, por meio do seu presidente, Hugo Chávez.

O conflito colombiano eclodiu em 1948 a partir do assassinato do candidato liberal à presidência do país, Jorge Eliécer Gaitán. Desde então, a guerra desatada entre liberais e conservadores ganhou a cidade e o campo, originando grupos guerrilheiros e autodefesas paramilitares organizadas pelos latifundiários. A guerra na Colômbia ocorre sob os narizes dos vizinhos latinos americanos que hoje respiram ares de sentimentos progressistas com governos de esquerda e centro-esquerda nos principais países da região. Após as desastrosas tentativas de aniquilar a resistência da guerrilha, através do “Plano Colômbia”, com vultosos recursos militares e financeiros dos EUA, o governo colombiano acena com a possibilidade de paz.