domingo, 28 de setembro de 2014

Jonh reed

Volta e meia a gente redescobre leituras que estavam escondidas n´algum lugar da nossa memória e relembra as maravilhas momentaneamente esquecidas.

Jonh Reed - pintura de Joy Hester
John reed foi um jornalista norte-americano que viveu a epopeia da grande revolução russa e relatou aquela experiência, transformando-a numa das mais fantásticas obras do jornalismo.

Os “dez dias eu abalaram o mundo” conta a história de homens e mulheres que viraram o mundo de ponta à cabeça em longínquas terras a leste do globo.

Mas a revisita não foi a sua obra mais famosa. Precisei reler, para um trabalho acadêmico, uma outra obra não menos fascinante. “México rebelde” conta história da primeira revolução social do século xx.

domingo, 21 de setembro de 2014

‘‘Grandes poderes trazem grandes responsabilidades’’

Como diria o tio Ben.

Nada mais simples e verdadeiro.

Quando eu estava no movimento estudantil inúmeras foram às vezes em que me deparei com a imensa responsabilidade de tomar decisões. De certo, não eram decisões de vida ou de morte, mas quando se está inserido numa coisa que você acredita, aquela decisão tem um enorme peso.

o grande tio ben

Olhando pra trás, o que mais consome tempo em minhas reflexões não são os possíveis erros, que foram importantes e necessários, e nem os acertos, que foram gratificantes e consequentes, mas sim o hábito das escolhas.

domingo, 14 de setembro de 2014

Que boca!

Eu devia ter entre 6 e 7 anos quando meu pai resolveu que sairia do emprego dele em uma fábrica, para trabalhar como taxista. Nosso padrão de vida, que era mediano, foi lá pr´o chão e os tempos difíceis chegaram.

No inicio da década de 90 as coisas eram muito incertas. Um presidente havia sido posto pra fora, o mundo
ainda sentia os odores da bipolaridade e os aparelhos eletrônicos eram coisas extremamente caras.

O primeiro táxi do meu pai era um gol daqueles bem antigos. O taxímetro não era digital, era daqueles de girar e o barulhinho lembrava o de dar corda numa caixinha de músicas.

Certo dia, meu pai chegou em casa com a frente do carro afundada. Havia caído em um dos muitos buracos de salvador. Eu já era um garoto com pleno entendimento do que se passava, mas, lembro-me, não fui muito afetado por aquilo. Pelo menos não psicologicamente. Tive pouco envolvimento.

Lembro-me apenas da minha mãe, uma mulher muito guerreira, ao jeito dela, dizer mais ou menos pra ele: “vamos superar isso”.

domingo, 7 de setembro de 2014

Nossa sociedade

"Já acabou a guerra? Perdoem mas como havia cumprido com meus afazeres e a Air France estava dando descontos para não veados, aproveitei para passar a última semana em Gstaad onde fui comer uma tataraneta de Anastasia."

Por  - Nataniel Jebão*
Nataniel Jebão

Feia mas dá para o trivial ainda invernal.

Os jornais, como sempre, tentaram montar uma pulga sobre um frágil elefante. Morre mais gente no Brasil em Paz do que no Mundo em Guerra! Isso quer dizer que devemos acabar com a paz? 

Precisamos é nos revoltar, isso sim, como fez a brava jornalista Ana Cristina Reis, editora do Caderno Ela de O Globo cuja primeira página promove o Chanel Grunge e prova cientificamente que há, sim, senhores e senhoras, estética na transgressão. 

Como ela, pobrezinha, mesmo confessa, é uma sem chofér e por isso é obrigada a ver um...ser humano, vá lá, sujar o para brisas do seu carro com água e sabão e ainda pedir dinheiro.