domingo, 27 de setembro de 2015

Nostalgias e bandinhas

O ano de 2008 foi um ano em que a internet me apresentou uma série de novas bandas que jamais havia tido a oportunidade de conhecer. Nessas alturas, a internet já chegava a um relativo nível de popularização e os programas que baixavam música (as mp3) eram a nova roda da humanidade proporcionada pela rede. Se você se identificou com esse período histórico certamente lembrará do “emule”, cuja identidade gráfica era, é claro, uma mula marrom.

Noites a dentro aqueles balõezinhos ficavam enchendo aumentando a nossa expectativa com uma música já conhecida, ou uma nova banda\artista por conhecer. A sensação de alegria ao ver o balão verde indicava que o download estava terminado. Pronto, agora era só clicar e ouvir a tua música. Ter muitas mp3 era um tipo de status nas redes sociais e compartilha-las era um ato de solidariedade. Três, quatro, dez mil ou mais músicas, faziam das nossas bibliotecas musicais um artigo de luxo e despendia muito zelo e cuidado.

Neste cenário, fui apresentado a uma bandinha gaúcha a qual imediatamente meu gosto musical se identificou. Chamava-se superguidis e o emule foi a ponte entre as músicas e as minhas sensações sonoras.

domingo, 20 de setembro de 2015

Descrições



Ariano. Não que isso importe...

Baiano. Não que isso importe...

Blogueiro. Não que isso importe...

Sãopaulino. Não que isso importe...

De esquerda. Não que isso importe...

domingo, 13 de setembro de 2015

Prefiro cronicar

Não vou reclamar do noticiário por toda essa onda de violência e destruição com o que tem nos inundado os seus jornais. Tampouco vociferar contra a desumanidade impregnada em atos de hostilidades, involuntárias ou intencionais, que carregam parte significativa das relações entre os seres humanos por aí.

Simplesmente acho que não cabe.

A imagem de um garotinho sírio encontrado afogado no mar turco, de uma hora para outra, parece chamar a atenção para uma crise humanitária que dura mais de cinco anos. É claro que a
imagem é chocante. É claro que ela é ainda mais dolorosa por se tratar de uma criança. Contudo, ela parece não remontar o real desespero vivido por milhares de outras crianças e famílias que tentam sobreviver a um conflito que tem nome e sobrenome.

Afinal de contas, aprendemos no século xx que a caricatura de uma vítima é o que causa impacto, os milhares e milhões são apenas estatísticas, né?

Na timeline uma chuva de comparações desastrosas entre a morte do garoto, e o que ela representa, com a morte causada pela violência do Estado e os seus aparatos seletivos de repressão aqui no Brasil, e o que ela representa. Sobre isso, há muito o que lamentar tamanha ignorância, diga-se. Me limito a dizer, ou lembrar que, papai\mamãe, vovó\vovô, titio\titia nos ensinou, quando crianças, a evitar discorrer sobre assuntos aos quais não temos domínio.