Dizem que Roger Waters é um músico bastante detalhista e
cuidadoso com as suas produções artísticas. Não é pra menos. Na opinião deste
quem vos escreve, ele é simplesmente o maior músico que já pisou nessa redoma
achatada.
Por falar em achatada, os tempos loucos em que vivemos fez
ressurgir uma teoria (?!) de que a terra é
Ressignificar coisas é uma das capacidades humanas mais
incríveis e contraditórias. Mas pra evitar cair num pós-pós-pós, imagino que esse tipo de retorno (dos terraplanistas) nos séculos não é uma
simples reinterpretação das coisas. Trata-se de algo mais profundo, de um traço
de personalidade retrógrado e, pelo visto, bastante contagiante.
Nessas reviravoltas de coisas que são e deixam de ser, me
peguei pensando em uma frase muito impactante e representativa do grande
Cazuza. Dizia ele: “...Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no
poder...”
Em que pese a potência e a grande capacidade de mobilizar as
emoções que estes versos podem proporcionar, pensando bem, acho
que não é bem assim. Os meus heróis não morreram de overdose, ainda que não
estejam no poder (rs).
Roger Waters é, talvez, um tipo de herói tão incrível que,
além de não ter morrido de overdose, é trotskysta (dizem...) e luta por uma
Palestina livre. Ele é um dos principais articuladores do BDS (Boicote, Desinvestimento
e Sanções) que é um movimento fundamental na luta contra ocupação do sionismo
em território palestino.
E, por falar em Palestina, quanta coisa mudou nesses últimos
três anos. E que bom que mudaram!
Confesso que a identificação com a luta dos povos árabes se
tornou tão profunda que consigo sentir as suas dores no meio daquela barbárie
causada pelo exército ocupante de Israel. As notícias são capazes de acabar com
o meu dia.
Roger Waters não foi o responsável direto por esta
influência, mas que é muito satisfatório saber que isso é incomum a nós, eu não tenho a menor dúvida.
P.s: Essa escrevinhação foi embalada por - https://www.youtube.com/watch?v=lyiYEJcXwn4
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