domingo, 9 de dezembro de 2012

O achatamento das forças produtivas, o advento da crise e o fim do mundo.


A quebra do subprime estadunidense revelou não apenas um limite diante de relações financeiras arriscadas, mas também o encurtamento de medidas dos consultores de Wall Street para “otimizar” o sistema da livre concorrência. A necessidade feroz dos donos do capital de manterem sua taxa media de lucros, combinada com uma importante ascensão das forças produtivas através das novas tecnologias resultou um produto perigoso. Essa formulação não aponta nada muito novo, até então, do ponto de vista da denuncia das mazelas sofridas pelas massas trabalhadoras cada vez mais solapadas do seu único bem, a força de trabalho.

O avanço do capital, ao contrário das teses academicistas de alguns simpatizantes com as idéias das esquerdas, não se reorganiza. Muito menos se reorganiza de forma produtiva. As teses de Lênin sobre a fase imperialista do capitalismo mais do que nunca se apresentam atuais. Essa engrenagem milimetricamente arquitetada se transforma em um castelo de cartas vulnerável a um simples assopro. É o que estamos assistindo nos governos da zona do euro após maquiarem as suas metas de investimento para poder acessar as benesses deste livre comércio.


Logo, a pretensa reorganização do “produtivo” na verdade organiza uma grande “dança das cadeiras” onde alguém sempre sobra, ou como queira, um “puxa cobertas”. Flexibilizar leis trabalhistas, transferência de setores de uma mesma empresa para países com regulações de trabalho menos rígidas, além da destruição em massa das forças produtivas não configuram reorganização. Ao contrário, definem a absoluta anarquia para o próprio sistema produtivo, pois, com produções cada vez maiores e menos onerosas para os grandes capitalistas, quem haverá de escoar (consumir) esses bens?

Alguns autores contemporâneos começam a tatear as novas facetas do desenvolvimento do capitalismo. Este começa a fugir das equações muito precisas e leis gerais que regulam o entendimento médio da economia. O que dar valor as mercadorias, pergunto? A soma do tempo socialmente necessário para produzi-la mais os custos da produção como ferramentas, responderia qualquer estudante do primeiro semestre de ciências sociais. Mas, começamos a nos deparar com uma experiência engenhosa tanto quanto catastrófica.

Em que pese à superficialidade dessas linhas por não desenvolver conceitos fundamentais para entendimento da pauta, mas o que se percebe é uma impaciência do capital com a produção. E lucro sem produção real é uma combinação altamente perigosa.

Ao que tudo indica o mundo não acaba em 2012 e, por tanto, em 2013 quero ter a oportunidade de estudar todo esse fenômeno contemporâneo.

Será que teremos um 2013 de muitas emoções? Então vamos descobrir.

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