segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Direto das catacumbas da luta de classes

Sinceramente eu não esperava vivenciar algo semelhante ao ocorrido na última “assembleia” do Bacharelado Interdisciplinar de Humanidades na nossa querida UFBa. Fui tomado por um sentimento de revolta após assistir a uma “assembleia” (des)organizada pela antiga gestão do C.A. e ouvi-los dizer que a entidade não tem estatuto. Isso foi o cumulo da picaretagem. Sem contar os prazos estabelecidos pela mesma "coordenação" para a “eleição” da nova direção da entidade.

Era visível o constrangimento dos "acadêmicos" (termo pejorativo a ex-membros do Movimento Estudantil a exemplo do grupo da antiga gestão) ao final da “assembleia”, bem como era visível a incerteza do que irá acontecer daqui pra frente. A atitude golpista desses senhores tem levado o movimento estudantil dos BI´s ao fundo todo poço. Mas, o que mais impressiona é o sentimento de impunidade que leva um grupo de pessoas a acreditar que podem fazer qualquer outra pessoa acreditar que o azul é verde e vice-versa.
Não satisfeitos em golpearem o movimento estudantil em uma assembleia sem quórum, sem a devida convocação, sem o rito que o bom senso exige, a antiga gestão do centro acadêmico propõe eleição para o dia 20\12, ou seja, ultimo dia letivo antes do recesso. Me pergunto até onde pode chegar a ação humana na sua mesquinhez e estupidez faminta de estabelecer a sua “direção” das coisas. É mais ou menos assim: “é meu e ninguém tasca”. Em outras palavras, eleição no ultimo dia de aula para ninguém votar.

Me preocupo profundamente com essa geração de “ativistas” que já demostraram serem capazes de absolutamente tudo para atingir o que acreditam ser o seu objetivo. Recentemente, um "acadêmico" de direito, lançou nas redes sociais, após uma discussão sobre a greve e o BUZUFBa, uma série de calúnias para este quem vos escreve. Disse textualmente que eu tinha antecedentes criminais além de outros absurdos. Tudo isso foi devidamente registrado, prestado queixa e o "acadêmico" terá de se explicar nos devidos espaços. Detalhe: este acadêmico faz parte do mesmo grupo político de um dos setores que querem golpear a assembleia.
Jacobinismo tarda, mas não falha.

É verdade que durante algum tempo, parte desses “ativistas” se aproximaram da nossa organização (O Estopim!). Poucos fizeram parte efetivamente dela, como é o caso dos "acadêmicos do" BI de humanidades¹. Depois da expulsão deles da nossa organização, o que se percebeu foi a sua veloz adaptação aos aparatos e abandono absoluto de qualquer sentido de coerência. Na verdade, a partir da exclusão dessas pessoas, o que passou a ser o seu sentimento unidade era ser contra O Estopim! Daí que o Jacobinismo tarda, mas não falha. Estávamos certos e a história assim mostrou.

A trincheira da luta de classes, mais do que nunca, demonstra pouco espaço para este tipo de complacência. Denunciar esse abuso é tarefa número zero de qualquer organização política que preze pelo elementar debate de ideias.

No BI de humanidades será necessário começar do zero para nós, militantes socialistas. E o primeiro desafio será achar a comissão eleitoral em algum lugar para conseguir garantir a inscrição de uma chapa.

A que ponto chegamos...mas seguiremos na batalha.

1- Lançaram até a bravata que acionariam a justiça para tomar o nome da nossa Organização.

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