domingo, 27 de setembro de 2015

Nostalgias e bandinhas

O ano de 2008 foi um ano em que a internet me apresentou uma série de novas bandas que jamais havia tido a oportunidade de conhecer. Nessas alturas, a internet já chegava a um relativo nível de popularização e os programas que baixavam música (as mp3) eram a nova roda da humanidade proporcionada pela rede. Se você se identificou com esse período histórico certamente lembrará do “emule”, cuja identidade gráfica era, é claro, uma mula marrom.

Noites a dentro aqueles balõezinhos ficavam enchendo aumentando a nossa expectativa com uma música já conhecida, ou uma nova banda\artista por conhecer. A sensação de alegria ao ver o balão verde indicava que o download estava terminado. Pronto, agora era só clicar e ouvir a tua música. Ter muitas mp3 era um tipo de status nas redes sociais e compartilha-las era um ato de solidariedade. Três, quatro, dez mil ou mais músicas, faziam das nossas bibliotecas musicais um artigo de luxo e despendia muito zelo e cuidado.

Neste cenário, fui apresentado a uma bandinha gaúcha a qual imediatamente meu gosto musical se identificou. Chamava-se superguidis e o emule foi a ponte entre as músicas e as minhas sensações sonoras.


Em 2010, pela primeira vez o movimento estudantil me levava a porto alegre. Sempre tive vontade de conhece-la e, como costumo definir a minha relação com a cidade, foi uma paixão avassaladora. As vezes, quase sempre, eu acho, quando a gente idealiza muito uma situação a tendência é que a frustração seja o produto de tanta imaginação. Mas no caso de porto as surpresas sempre foram muito positivas, “coisas de magia, sei lá”.

Sentado com amigos em um dos bares da cidade baixa, vi um pequeno panfleto que anunciava o show da Superguidis para as dez da noite, eu acho. Lembro-me que custava 10 reais. Um misto de
surpresa, emoção e crença naquela confluência, me fez ter certeza de ir aquele show. Até outro dia desses tinha o folheto guardado na carteira. Espero que esteja na minha tralha que, neste momento, ainda encontra-se na casa dos meus pais.

O show foi legal, em um dos pubs da "república". Acho que nem existe mais, ou virou outra coisa como muitos pubs por lá.

E prô-cê que ficou curioso\a no som dos guri, dois links que embalaram essa escrevinhança.


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