domingo, 20 de abril de 2014

Sem manuais

Dizem que Jimmy Hendrix costumava tocar durante horas e horas nos seus shows sem pausas para nenhum tipo de complemento.

Aqueles discursos corriqueiros, politicamente corretos, que se metem a falar de política, de liberdade e outras tantas são muito comuns em shows\eventos do gênero.

jim
Por vezes, é muito melhor dizer menos sobre o que se supunha querer e simplesmente demonstrar o que se quer.

Acho que era o que o Jim tentava fazer.

O advento das redes sociais contribuiu bastante para diminuir a distância entre um artista e o seu público. Mas esse encurtamento trouxe por tabela uma dessacralização que interfere diretamente na forma de gostar.

Confesso que preferia alguns dos meus ídolos de adolescência antes de perceber alguns jeitos e trejeitos de comportamento d´alguns dos caras hoje em dia.

É um lance meio cruel com eles, afinal todo mundo tem o direito de simplesmente ser humano com manias, mau humor e gostos esquisitos.

Caras como Hendrix fazem muita falta.

Mudando de assunto, tava revisitando algumas reportagens passadas sobre os simpsons, na intenção de escrever um artigo pra um blog sobre seriados, e me deparei com o genial Sam Simon, após descobrir uma grave doença que lhe dará pouco tempo mais de vida, dizendo mais ou menos: “agora que tenho pouco tempo, preciso fazer planos sobre o que fazer.”

É, talvez seja esse o refluxo (?) natural das coisas nesse manualzinho que supomos ter.

p.s único: “por batatinhas e por liberdade eu poderia morrer”.

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