domingo, 9 de março de 2014

A blitzkrieg das relações

É engraçado quando você se pega pensando no alcance e na magnitude da velocidade voraz das redes sociais.

Engraçado porque poucas sensações conseguem ser tão contraditórias.

O fútil e o genial. Quando não, o fútil é genial.

O leve e o pesado\o sincero e o insincero\o ingênuo e o pedante\o bizarro e o palatável.

A impessoalidade da excessiva pessoalidade, talvez.

Ou o sem sentido pelas multiplicidades de sentido.

De tantas relações... nenhuma.

Uma meta de 20 ou 30 mil ‘’amigos\seguidores’’ faz de você um sub pop diante de seres tão vagamente improváveis no teu cotidiano.

Isso é legal, tem vantagens.

Digo isso pra quem, diferentemente de mim, desenvolveu tanta paciência e se arrisca, ou se deixa levar nessa aventura.


Paciência ou coragem.

Mas deve ter muitas desvantagens também. Não sei ao certo, mas deve ter. Talvez a massificação do efêmero e do pouco relevante.

Parô,parô, parô... sem aborrecimentos com conclusões tão inquietantes, ok?

É melhor nem pensar.

Cada um na sua e assim a vida segue.

Eu, por exemplo, tenho uma série de manias. Sou meio obsecado pelo método. E pelo método do método. E pelo método, do método, do método...

Assim sucessivamente...

Gráficos\setas\estatísticas\cores.

Não que seja um bom engenheiro de métodos, mas gosto deles.

Quando vou contar uma história, por exemplo, costumo perder mais tempo contando o contexto do que na sentença\sentido.

Contexto pode ser um tipo de método.

O método do contexto

Tem gente que gosta, porque foge daquela parada racional\objetiva e se assemelha a um romance\cinema\conto.

A maioria detesta.

Talvez isso não seja nada especial, apenas dislexia em grau incerto.

A velocidade das cobranças e necessidades do ‘’mundo real’’ imprimem o seu próprio método e a necessidade da conclusão rápida é imperativa.

Mais efemeridade?

Ah, já sei. Prometi não mexer nisso.

Só me aparenta uma lógica industrial\produtivista.

Isso não me é legal.

Contexto é uma parada que me fascina. Quando alguém me conta uma história fatalmente eu pergunto: mas falou isso como? Com raiva ou com desdém? Em tom de ameaça ou conciliador? Ironia ou desatenção?

Tem muito a ver com a forma que você lê\associa as coisas. Eu acho.

Alguém pode falar a coisa mais ofensiva do mundo, mas no contexto não é. Pode ser até algo carinhoso.
E vice versa.

Em tempos de novos caminhos, o resumo das novas relações tem sido muito proveitosas.

E que assim sejam.

Pra todxs.

P.s 1: deixei o senhor Zhukov de lado. Eu sei. Sem cobranças...

p.s 2: a ideia do texto me veio após uma ligação interrompida pelo péssimo serviço da operadora.( eu e minhas manias de contexto)




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