Volta e meia a gente redescobre leituras que estavam
escondidas n´algum lugar da nossa memória e relembra as maravilhas
momentaneamente esquecidas.
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Jonh Reed - pintura de Joy Hester |
John reed foi um jornalista norte-americano que viveu a epopeia
da grande revolução russa e relatou aquela experiência, transformando-a numa das
mais fantásticas obras do jornalismo.
Os “dez dias eu abalaram o mundo” conta a história de homens
e mulheres que viraram o mundo de ponta à cabeça em longínquas terras a leste
do globo.
Mas a revisita não foi a sua obra mais famosa. Precisei reler,
para um trabalho acadêmico, uma outra obra não menos fascinante. “México
rebelde” conta história da primeira revolução social do século xx.
A capacidade jornalística do cara é simplesmente fantástica.
Em pensar que por pouco, a história desse cânone poderia
simplesmente se perder na casualidade dos acontecimentos.
Reed quase foi fuzilado quando cobria a revolução russa. No
livro, ele conta que foi abordado por soldados do exército vermelho. Não
lembro bem a localidade. O confundiram com um espião estrangeiro.
A sua fama incipiente o ajudou. Um outro soldado que chegou
as pressas impediu a fatalidade gritando: “parem! esse é nosso camarada
jornalista americano, irá contar a nossa revolução para o mundo inteiro.”
E assim foi.
Jonh reed descansa ao lado de Lênin, no Kremlin.
Promessa pessoal de visita na próxima copa do mundo.
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