Futebol é a minha paixão desde que eu me entendo por gente.
Minha irmã, tina, conta que o primeiro brinquedo que os meus pais me deram foi
uma bola. Desde cedo aprendi a chutar a pelota pelos corredores de casa.
Meu nome, dizem, foi escolhido ali, no auge de um baixinho
de um país vizinho que encantava o mundo com aquela perna canhota mágica. Além,
é claro, do grande zorro. Dizem que o meu pai era fã do zorro e por um triz não
me chamo “dom” Diego. Isso mesmo, “dom”. imagino na chamada das aulas o
professor passando a lista e chamando – “dom Diego?”, eu – “presente”.
Seria legal.
Pouco tempo depois, descobri outra coisa que mudaria a minha
vida e a minha forma de brincar. Um amigo de infância havia ganhado uns brinquedos
esquisitos, arredondados e pretos. Ostentavam escudos de times de futebol que
eu já conhecia.
Eram times de futebol de botão. Não eram botões
profissionais, mas aqueles pequenos objetos fizeram a minha cabeça durante toda
a minha infância.